OS INVISÍVEIS
Em novembro de 2012, um incêndio queimou vivos cento e dez
operários em Bangladesh. Eles trabalhavam nas chamadas sweatshops, oficinas de
suor, com nenhuma segurança, e nenhum direito.
Pouco depois, em abril do ano seguinte, outro incêndio queimou
vivos mil cento e vinte e sete operários em outros sweatshops de Bangladesh.
Eram todos invisíveis, como continuam sendo invisíveis os
escravos de muitos outros lugares do mundo globalizado.
Seus salários, um dólar por dia, também são invisíveis.
Visíveis são, porém, os preços impagáveis das roupas que
suas mãos produzem para Walmart, JCPenney, Sears, Gap, Benetton, H&M...
O caçador de histórias, p. 81
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