Pular para o conteúdo principal

“A BOMBA DE DEUS” - Em 1945, enquanto este dia nascia, Hiroshima morria”


“A BOMBA DE DEUS” -  Em 1945, enquanto este dia nascia, Hiroshima morria”


Takashi Morita, sobrevivente da bomba atômica de Hiroshima, no livro “A última mensagem de Hiroshima. Ilustração da bomba presente na capa do livro. 

Em 1945, enquanto este dia nascia, Hiroshima morria. Na estreia mundial da bomba atômica, a cidade e sua gente viraram carvão em um estante.
Os poucos sobreviventes perambulavam, mutilados, sonâmbulos, no meio de ruínas fumegantes. Andavam nus, e em seus corpos as queimaduras haviam estampado as roupas que usavam quando houve a explosão.

Nos restos das paredes, o relâmpago do fogo da bomba atômica tinha deixado impressas as sombras do que houve: uma mulher com os braços erguidos, um homem, um cavalo amarrado...

Três dias depois, o presidente Harry Truman falou pelo rádio:
Disse:
- Agradecemos a Deus por ter posto a bomba em nossas mãos e não nas mãos dos nossos inimigos; e rogamos a Deus que nos guie em seu uso, de acordo com seus caminhos e seus propósitos.


Os filhos dos dias, p. 252.



As sombras ficaram estampadas, no ato que ocorreu a explosão. 

Assista: "O homem que filmou a bomba de Hiroshima. Clique aqui





É permitido o compartilhamento desta publicação e até mesmo a edição da mesma. Sem fins lucrativos e cite a fonte. Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ESTRANGEIRO

ESTRANGEIRO Ilustração de @EnekoHumor  No jornal do bairro do Raval, em Barcelona, a mão anônima escreveu: - Teu Deus é judeu, tua música é negra, teu carro é japonês, tua pizza é italiana, teu gás é argelino, teu café é brasileiro, tua democracia é grega, teus números são árabes, tuas letras são latinas. Eu sou teu vizinho. E tu dizes que o estrangeiro sou eu? SÍNTESE E PUBLICAÇÃO:  FERNANDA E. MATTOS,  AUTORA E COLUNISTA DO BLOG.  REFERÊNCIA:  O CAÇADOR DE HISTÓRIA, P.69 EDUARDO GALEANO. P.282. EDITORA: L&PM EDITORES, 2014.  É permitido o compartilhamento desta publicação e até mesmo a edição da mesma. Sem fins lucrativos e cite a fonte.  Creative Commons  Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional .

OS NÁUFRAGOS

OS NÁUFRAGOS Charge do cartunista iraniano Alireza Pakdel O mundo viaja. Carrega mais náufragos,  que navegantes Em cada viagem, milhares de desesperados morrem sem contemplar a travessia ao prometido paraíso onde até os pobres são ricos e todos moram em Hollywood. Não duram muito as ilusões dos poucos que conseguem chegar. O caçador de histórias p. 16 SÍNTESE E PUBLICAÇÃO: FERNANDA E. MATTOS, AUTORA E EDITORA DESTE BLOG. É permitido o compartilhamento desta publicação e até mesmo a edição da mesma. Sem fins lucrativos e cite a fonte.  Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional .

Breve história do intercâmbio entre a África e a Europa

Breve história do intercâmbio entre a África e a Europa Pierre-Paul-François-Camille Savorgnan de Brazza (1852-1905) em sua última jornada no Congo. Explorador francês Nada de novo havia na escravidão hereditária, que vinha dos tempos da Grécia e da Roma. Mas a Europa contribuiu, a partir do Renascimento, com algumas novidades: nunca antes tinha sido determinada a escravidão a partir da cor da pele, e nunca antes, a venda de carne humana tinha sido o mais brilhante negócio internacional. Durante os séculos XVI, XVII e XVIII, a África vendia escravos e comprava fuzis: trocava braços por violência. Depois, durantes os séculos XIX e XX, a África entregava ouro, diamantes, cobre, marfim, borracha e café e recebia Bíblias: trocava a riqueza da terra pela promessa do céu. SÍNTESE E PUBLICAÇÃO:  FERNANDA E. MATTOS,  AUTORA E COLUNISTA DO BLOG.  REFERÊNCIA:  espelhos, P.148 EDUARDO GALEANO. P.282. EDITORA: L&PM EDITORES, 2008...